O advogado do nadador chinês Sun Yang, suspenso na sexta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) por oito anos por destruir uma amostra durante um teste antidoping surpresa em setembro de 2018, disse que “o mal derrotou o justiça”, neste sábado em um comunicado.

Zhang Qihuai, advogado do tricampeão olímpico, reiterou a intenção de seu cliente de tomar medidas legais contra um inspetor que, de acordo com sua versão, forneceu “provas falsas”. Ele também acusou a Agência Mundial Antidopagem (Wada) de “falsificar os fatos e abusar de seu poder”.

“O 28 de fevereiro de 2020 foi um dia sombrio”, escreveu Zhang Qihuai no comunicado.

“Mostra a cena do mal que liquida a justiça e o poder que substitui a verdade óbvia”, disse ele.

“Nesse dia, o TAS fechou os olhos para as regras e procedimentos, fechou os olhos para os fatos e as evidências e aceitou todas as mentiras e falsas provas”, acrescentou o advogado.

Ele também reafirmou que os agentes antidoping que chegaram à casa do nadador não estavam autorizados nem qualificados para essas funções.

Aos 28 anos, Sun Yang, tricampeão olímpico e com onze medalhas de ouro mundiais, não poderá participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Será o primeiro de uma longa lista de grandes eventos que serão perdidos devido à sua suspensão.

Os títulos obtidos após esse controle antidoping rocambolesco, especialmente as medalhas de ouro de 200 e 400 metros no nado livre na Copa do Mundo de Gwangju (Coreia do Sul) em julho de 2019, “não são retirados retroativamente”, disse o secretário geral do TAS, Matthieu Reeb.

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