Pela primeira vez em um filme da franquia “Star Wars”, a famosa epígrafe de abertura foi abolida. “Rogue One”, que estreou mundialmente na quinta-feira 15, não traz os caracteres da frase “Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante…” rolando rumo a um ponto de fuga na tela. Ainda que busque preservar a aura de culto da saga criada por George Lucas, como reforça o subtítulo “uma história Star Wars”, a nova produção aposta em novidades — seja para agradar aos fãs mais fieis ou para conquistar uma nova legião. O eterno vilão Darth Vader está lá, com a indefectível voz de James Earl Jones. Mas a trama foge do previsível. Num combate eletrizante, a Aliança Rebelde surpreende a Estrela da Morte e renova as esperanças de paz na galáxia. Além dos efeitos especiais característicos, o filme traz um elenco afiado, com destaque para Felicity Jones (indicada ao Oscar por “A Teoria de Tudo”) e para o premiado Forest Whitaker.

A estratégia de lançar derivações de “Star Wars” em paralelo à sequência de trilogias foi confirmada pelo CEO da Disney, Robert Iger. Segundo ele, além dos episódios VIII e IX, pelo menos três filmes solo da série estão em desenvolvimento. Em 2014, a Disney adquiriu a LucasFilm por US$ 4 bilhões — e pretende seguir lucrando com uma das mais rentáveis franquias da história do cinema.