O ministro Fábio Faria (Comunicações) tornou-se o anfitrião dos Três Poderes. É na sua residência, no Lago Sul, que políticos e até ministros do Supremo Tribunal Federal têm sentado à mesa com excelentes vinhos. Ele recebeu Ciro Nogueira na noite da posse do ministro da Casa Civil.

Não foi diferente à ocasião da recondução do procurador-geral Augusto Aras, no fim de agosto. Faria promoveu jantar em homenagem ao PGR com seleto grupo. Causou surpresa a presença de três ministros do STF, nem sempre afeitos a tais convites. Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Nunes Marques passaram por lá.

A confraternização evidenciou tratamento além dos protocolos para quem, de fora, enxerga em Aras um bolsonarista entre togados. Mendes ficou pouco tempo, mas Toffoli e Marques esticaram a agenda. Foi nesse jantar que Aras cozinhou o cardápio
que pode alçá-lo ao STF na vaga de Marco Aurélio. Hoje, o candidato é André Mendonça, ex-AGU, que ainda não se viabilizou. Aras é quem o STF quer. Falta combinar com Bolsonaro.

Faria fez jantar em homenagem ao PGR. E Aras tenta se viabilizar junto aos ministros do STF. Três deles já deram o aval. Falta Jair Bolsonaro

Mourão, garoto-propaganda de arma

O general vice-presidente Hamilton Mourão virou garoto-propaganda involuntário de uma loja de armas no DF. Ele foi à Red Dot Custom, numa satélite de Brasília, buscar uma pistola que estilizou. Só não esperava encontrar equipe com câmeras e até diretor de imagem. As cenas com a mídia espontânea caíram no whatsapp de militares. Na agenda política, o vice tem acompanhado com atenção especial pesquisas que recebe do diretório do PRTB no Rio de Janeiro, que pretende lançá-lo candidato ao governo. Mourão não comenta, e não pensa em trocar o título de eleitor de Brasília para a capital fluminense (se quiser mesmo, tem até maio para isso).

Pacheco anda nervoso

Cristiano Mariz

Presidente do Senado, o mineiro Rodrigo Pacheco ficou brabo com o Manifesto da FIEMG com críticas ao Judiciário em Brasília. Para o senador, a nota veio na pior hora, quando o Palácio do Planalto e o STF trocam tiros verbais na Praça. Sua relação com Bolsonaro não vai bem, com especulações de que Pacheco pode ser candidato do DEM à Presidência.

Preterido, Malta reata com Bolsonaro

Moreira Mariz

O ex-senador Magno Malta fez as pazes com Bolsonaro e quer coordenar a campanha da reeleição. Malta rompeu com ele ainda na transição. Não gostou de ser recebido por um general preposto do candidato eleito, no CCBB. Mas uma cena anterior foi pitoresca. O então senador pediu para ser ministro da Defesa. “Você tem quatro estrelas no ombro?”, foi o primeiro golpe.
Na negativa, Malta insistiu: “Embaixador do Brasil em Israel”. “Você sabe falar inglês?”. Com essa indagação, Bolsonaro o derrubou. No episódio, aliás, o presidente enxergou pretensões de Valdemar da Costa Neto.

Estados avançam com suas loterias

Divulgação

Desde que o STF permitiu em 2020 que Estados relancem suas loterias, a Caixa se vê diante da iminente concorrência dos seus jogos nas lotéricas. Hoje, os Estados do Rio de Janeiro (Loterj), Minas (LEMG), Ceará (Lotece) e Paraíba (Lotep) já têm suas apostas nas praças. Outros 11 Estados e o Distrito Federal avançaram nos processos legislativos ou (quem já aprovou a lei)
nos modelos para a recriação das loterias. “O mercado paulista é considerado pelos players mais importante que muitos países europeus”, diz o professor Magnho José, do Instituto Jogo Legal, que acompanha o cenário.

Dormir no avião faz bem a Bolsonaro

Bolsonaro tem um truque quando dá carona no avião presidencial a políticos – em especial em companhia daqueles pidões. Ele se recosta na poltrona e dorme (ou finge dormir) durante todo o voo. O interlocutor se cala; e o presidente só ‘acorda’ quando o avião aterrissa.

Dois palanques de Lula

Lula articula os palanques estaduais para sua campanha com maestria de quem já conhece os interesses partidários Brasil adentro. Pede a aliados no mínimo dois palanques de candidatos aos governos em cada Estado. É o caso do PT, no Rio de Janeiro, que negocia apoio dos pré-candidatos Eduardo Paes (PSD) e Marcelo Freixo (PSB).

STF reforça varreduras

A Secretaria de Segurança do STF reforçou varreduras antigrampo nos gabinetes. O departamento não cita periodicidade, mas são mais frenquentes depois do clima bélico entre Bolsonaro e ministros. Vale lembrar que em 2014 acharam escuta ambiental desativada debaixo da mesa do ministro Luís Roberto Barroso, revelou esse colunista.

Nos bastidores

Depois do discurso tragicômico da Av. Paulista, Bolsonaro não dormiu por duas noites seguidas, preocupado com a alta do dólar, queda da Bovespa e fuga de capitais.

Tarcísio disputa Senado

Quem viaja com Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, crava que ele será candidato ao Senado pelo DF. Tem patrocinado obras rodoviárias gigantes em Goiás, terra de muita gente que vota em Brasília.

O poder dos Aro em MG

Adriano Aro, presidente da Federação Mineira de Futebol, é favorito para o cargo de desembargador no TJ. Seu nome entrará na lista sextupla da OAB para o governador Zema. Adriano é irmão do deputado federal Marcelo Aro.

Só a política desafina

Paula Toller e Leoni continuam rompidos. Ela acaba de ganhar ação de indenização contra o PT por uso de ‘Pintura Íntima’ na campanha de 2018. Co-autor da canção, ele havia autorizado.