Coluna: IstoÉ Música

Celso Masson, 50, é jornalista, graduado em cinema, crítico de música e editor de Comportamento da IstoÉ

O hipnótico “Rio do Tempo” de Eduardo Praça

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Apeles: a nova identidade de Eduardo Praça depois do Quarto Negro Foto: Divulgação
O hipnótico “Rio do Tempo” de Eduardo Praça

Apeles: a nova identidade de Eduardo Praça depois do Quarto Negro

Apeles foi um pintor grego que viveu entre 370 e 306 a.C. Foi também o irmão caçula da poetisa portuguesa Florbela Espanca, que ela considerava seu porto seguro. E é o nome que o cantor e compositor paulistano Eduardo Praça, 30 anos, escolheu para lançar seu primeiro trabalho solo depois de encerrada a banda Quarto Negro, com a qual lançou os aclamados discos “Amor Violento” (2015) e “Obsessivo” (2016).

É como Apeles que Praça apresenta “Rio do Tempo”, um álbum de canções instigantes gravado em Belo Horizonte com predominância de músicos mineiros. O resultado é uma atmosfera sonora hipnótica, que remete aos LPs de rock progressivo da década de 1970 que tanto influenciaram Lô Borges e ainda ecoam em trabalhos recentes de bandas das Alterosas.

Como não é só em águas passadas que o “Rio do Tempo” bebe, há toques de Moby no arranjo de “Funeral (Ode às desvirtudes”) e outras boas surpresas, incluindo duas faixas instrumentais de alto nível. Lançado de forma independente, o disco já está nas plataformas digitais. Ouça na playlist Sons da Semana e assista ao clipe de “Demônio Bom” abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=71CgcCK1MHs