Mas essa família Bolsonaro é mesmo chegada a uma encrenca, não é verdade? Parece que escolhe seus próximos pela ficha corrida, pô. O cara é um miliciano perigoso? Amigo. Assassino de aluguel? Condecorado. Operador de rachadinha? Assessor. Mensaleiro condenado? Aliado político. Ex-presidente ex-presidiário? Ministro informal. Calma, falo do Temer, não do Lula.

Eduardo Bolsonaro tentou ser embaixador brasileiro nos EUA. O papis bancou a vergonhosa aventura. Ambos quebraram a cara. Não a de pau, pois essa não quebra nunca. Mas quando Dudu Bananinha apresentou sua maior virtude, fritar hambúrguer como ninguém, a vida mansa em Washington subiu no telhado para nunca mais descer. Coitados dos Trump, né? Ficaram sem a companhia do inseparável amigo de infância. Não devem estar conseguindo dormir, tamanha tristeza, hehe. Snif, snif…

Agora é sério! Bananinha e família têm dois gurus nos States: Olavo de Carvalho e Steve Bannon. O primeiro, tadinho, vem caindo em desgraça e sendo abandonado pela família presidencial. Até o Carlucho anda meio sumido das redes e parou de reverberar as maluquices do doidão da Virgínia. O segundo? Bem, o segundo foi para o saco hoje. Ou melhor, para o xilindró. E nos Estados Unidos não existe Augusto Aras que resolva. Steve Bannon foi preso por conspiração para fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

O ex-assessor de Donald Trump, inspirador ideológico de onze em cada dez malucos extremistas de direita, foi flagrado pela procuradoria de Nova York embolsando dinheiro destinado à construção de um muro na fronteira entre México e EUA, sonho de consumo trumpista. A bufunfa vinha de doadores que imaginavam estar ajudando a separar os malvados mexicanos dos puros americanos. Tolinhos! Bannon e o idealizador do projeto (de doação), um tal Brian Kolfage, faziam rachadinha com a grana dos trouxas.

O “gado trumpista” doou mais ou menos 25 milhões de dólares para os caras. Apenas Bannon separou 1 milhão para si. Alega que foi para custear despesas pessoais com o projeto. Ora, ou é pessoal, e errado o custeio, ou não é. Já Brian, segundo a acusação, “custeava uma vida de luxo” com parte do dinheiro arrecadado. Ambos já estão vendo o sol nascer quadrado e podem pegar até 40 anos de tranca. Notem: não há dinheiro público envolvido. Imaginem se houvesse!!

Alô, Dudu “Bananinha” Bolsonaro: avise ao seu guru Bannon que, de rachadinha, ele não entende porcaria nenhuma. Aproveite e indique o Queiroz para um cursinho “online”. Como o real não está valendo nada frente ao dólar, mesmo com o patrimônio congelado o marqueteiro da extrema direita mundial conseguirá pagar fácil, fácil. Inclusive, pode ser comprando uns panetones, em espécie, claro, numa loja de chocolates de um shopping carioca. Por lá, custa 20% menos em que outras. Mas lembre-se: nada de cartão; só dinheiro.