George Orwell não é o grande irmão, mas também está em toda parte. O escritor britânico não vigia os cidadãos, como fazia o líder totalitário de seu livro mais famoso, “1984”, mas suas distopias o levaram de volta à lista dos mais vendidos em todo o mundo. Em 2021, 70 anos depois de sua morte, toda a sua obra entra em domínio público, o que tem gerado uma onda de relançamentos e novas traduções. Até o ano passado, os direitos do autor no Brasil pertenciam à Companhia das Letras, que relançou seus livros “oficiais” e algumas coletâneas temáticas com recortes específicos, como “Sobre a Verdade”, seleção de ensaios que aborda o poder da linguagem e que impressiona pela atualidade – ainda mais em tempos de fake news. Destaque também para “A Fazenda dos Animais”, traduzido por Paulo Henriques Britto, nova versão do título batizado anteriormente de “A Revolução dos Bichos”. Além da Companhia e dos selos do mesmo grupo, como o Penguin Classics, sete editoras preparam novas traduções e edições comentadas, com apêndices e prefácios que contextualizam as histórias diante do mundo de hoje. O grande George Orwell agora é de todos.

Divulgação

“1984” vai virar série

Se “O Conto de Aia” e “Black Mirror” fazem tanto sucesso hoje em dia, por que não adaptar para a TV a mais popular de todas as distopias ? “1984”, de George Orwell, vai virar série no canal americano ABC. Ao contrário das adaptações para o cinema, a nova versão não será baseada no livro, mas na violenta e radical peça de teatro de 2013 criada por Robert Icke e Duncan Macmillan. O diretor será David Flynn, famoso pela experiência em reality shows como “Game of Clones” e “Hardball”. “A TV parece ser um lugar natural para o retrato de uma sociedade na qual as pessoas confiam mais em suas telas do que no mundo fora de suas janelas”, afirmam os produtores.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias