Raul Jungmann, participou da live da ISTOÉ, nesta terça-feira (4). Aos 69 anos, ele foi militante de esquerda na juventude, passou pelo MDB e também abraçou o tucanato quando integrou o governo do PSDB.

Foi ex-ministro de FHC e de Michel Temer e deputado federal por três mandatos, Jungmann tem trânsito importante pela Esplanada dos Ministérios.

O pernambucano fez uma análise do combate à crise sanitária do coronavírus pelo governo federal e sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a pandemia.

“A CPI tem que identificar os responsáveis por essa situação que vivemos”, diz.

O ex-parlamentar fez uma avaliação da aprovação do Orçamento federal, tacada política e administrativa que ele avalia ser um retrato pronto e acabado da incompetência do governo.

“O governo demonstrou precária habilidade de articular-se com o Legislativo e demonstrou para sociedade que está perdendo a capacidade de governar. O governo está numa sinuca de bico”, alerta.

Jungmann ainda fez considerações sobre a corrida eleitoral à presidência da República em 2022. Para ele, nas condições atuais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), estará no segundo turno da eleições, mas que essa possibilidade depende diretamente da economia e do resultado final do enfrentamento ao novo coronavírus.

O ex-ministro avalia que a volta de Lula ao tabuleiro político oxigena a corrida ao Planalto, mas que ele deseja uma terceira via eleitoral.

“Lula é uma das poucas lideranças brasileiras que fala o que o povo quer ouvir e eles entendem ele. Até agora não temos uma candidatura de terceira via”, conclui.