O secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, foi entrevistado na live de IstoÉ nesta terça-feira (8). Ele falou sobre a importância da infraestrutura na produção e no desenvolvimento econômico do País, em especial no Estado de São Paulo.

Octaviano informou que as atividades de sua pasta, durante a pandemia, se voltaram para manter as obras em andamento com olhar no pós-pandemia.

“Trabalhamos para garantir a estrutura das rodovias em obras e o funcionamento da malha rodoviária do Estado. O governador João Dória não abriu mão de investimentos em infraestrutura durante a pandemia”, afirma.

Para ele, uma boa governança garantiu que todas as estruturas permanecessem ativas. Para amparar os caminhoneiros durante o período mais sério de pandemia,a Secretaria, em parceria com as empresas concessionárias, desenvolveu uma iniciativa de cooperação que já distribuiu 450 mil kits de alimentação, higiene e limpeza para esses profissionais. João também mencionou a campanha de vacinação com distribuição de três mil doses nas rodovias.

O secretário também ressaltou os desafios de construir uma nova matriz de transportes para que a cadeia de transporte seja efetivada para o crescimento econômico.

“É preciso oferecer novos meios para a movimentação de cargas, além de criar condições para um escoamento mais eficiente de mercadoria.”

Neto falou da maior concessão de rodovias do estado de São Paulo, o lote de Piracicaba – Panorama, de 1273 quilômetros de rodovias, e investimentos de R$14 bilhões e também comentou sobre a construção da Ponte Santos – Guarujá, que vai conectar a via Anchieta, km 64, e a Rodovia Conego Domenico Rangoni, km 250. A obra tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões.

“Precisamos de uma malha rodoviária também com o olhar no turista”, entende.

O membro do governo estadual ainda falou sobre obras e projetos do Rodoanel Mário Covas norte – “em breve será anunciada a retomada das obras” -, e dos projetos dos Porto de Santos e de São Sebastião, dos aeroportos além da Hidrovia Tietê-Paraná.

Atuante na gestão pública há 33 anos, o secretário disse que o objetivo  é acelerar ainda mais o desenvolvimento econômico de São Paulo em um momento de pandemia. De acordo com ele, os projetos devem ser tocados por meio de Parcerias Público-Privadas – PPP. O eixo entre São Paulo e Campinas é o mais maduro, e provavelmente o primeiro a sair do papel.

Na entrevista, ele detalha a privatização de aeroportos, fala sobre a melhoria no serviço de balsas em Santos e São Sebastião. Disse que o governo deve apresentar os lotes para a privatização de 22 aeroportos – leilão previsto para dezembro -, nove deles com serviços de aviação comercial regular e 13 destinado a modalidade executiva – serão divididos em dois lotes no processo de licitação internacional. Juntos, os dois grupos movimentam atualmente 2,4 milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques. “Existe um movimento contínuo num conceito de malha logística”, finaliza.