A degradação da natureza, que é alarmante há décadas, foi centro de inúmeros debates em 2020 por conta do desmatamento exacerbado em florestas ao redor do mundo, poluição, entre outras irregularidades. Um recente estudo feito pela Nature, revista científica do Reino Unido, elaborou uma projeção futurista do meio ambiente com base em hábitos atuais e o resultado foi assustador. Estima-se que 88% das espécies conhecidas pela ciência perderão habitat até 2050. Em termos de impacto, América Latina, Ásia e África serão os continentes mais degradados, segundo a pesquisa.

Entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Greenpeace, órgão que defende o meio ambiente, acreditam que a mudança depende do envolvimento coletivo, sendo assim, todos os países devem colaborar.

Este ano, durante a cúpula da biodiversidade na ONU, Emmanuel Macron, presidente da França, criticou Jair Bolsonaro e o governo brasileiro por conta do desmatamento na Amazônia. Estima-se que o aumento tenha ultrapassado 9,5% em comparação com 2019. “Não há como preservar direitos humanos sem preservar ecossistemas”, disse o político francês.

O descaso com o meio ambiente, inclusive, pode trazer prejuízos comerciais para o Brasil num futuro próximo, visto que a relação entre o Mercosul e União Europeia foi abalada pelo descaso de Bolsonaro com as questões ambientais.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente
cobrou esclarecimentos anuais sobre o desmatamento da Amazônia tanto do presidente Jair Bolsonaro quanto do ministro do meio ambiente Ricardo Salles. Resta aguardar o envio das análises para saber a gravidade da situação.