Você já parou para ler a etiqueta das suas roupas? Ali você encontrará informações do tecido que irá vestir: lã, poliéster, algodão, elastano ou tantas outras possibilidades. Com a crescente conscientização ambiental, as pessoas começaram a se questionar: como minha roupa é produzida e qual fim ela terá? A sustentabilidade chegou ao mundo da moda e até o estilista italiano Giorgio Armani se perguntou: por que lançar uma nova coleção a cada quatro meses? “O importante é ficar atento ao processo de produção”, explica um dos nomes mais importantes do movimento “Slow Fashion”, a empresária e curadora do “Brasil Eco Fashion Week”, Melissa Volk. Em contraposição ao “Fast Fashion”, sistema de produção que prioriza a fabricação de roupas em massa, o “Slow Fashion” surge para mostrar a matéria-prima, os danos ambientais e os ciclos de vida dos produtos. “Mesmo que você compre uma camiseta 100% algodão, se ela for colorida é preciso pensar no processo de tingimento”, diz Melissa. Os tecidos chamados biodegradáveis são uma novidade positiva.

Um tecido feito com a reciclagem de garrafas pet, por exemplo, é considerado “sustentável”. Se não agride animais, possui um processo humanizado na hora do feitio, usa algodão orgânico, fibra de banana, também entram na classificação de “bio”. Porém, mesmo entre tecidos considerados inovadores, como a poliamida biodegradável, a biosteel, a Modal e Liocel, não há consenso: podem demorar até seis anos para se decompor no meio ambiente. Ou seja, há tecnologia para fazer um tecido sintético que entre em decomposição mais rapidamente, mas o tempo ainda é crucial. Uma das marcas fashion mais conhecidas é a Freitag, na Suíça, e no Brasil há bons representantes como a Vert Shoes, Mescla, Movin e muitas outras. O problema dos tecidos biodegradáveis ainda está nos preços, que são mais altos do que os produtos habituais.


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