A indústria de celulares tem oferecido poucas novidades nos últimos tempos e o mercado mundial enfrenta um período de desaceleração. A sul-coreana Samsung esperava superar essas dificuldades e reforçar sua imagem de empresa inovadora com um lançamento bombástico: o aparelho dobrável Galaxy Fold, que custará quase US$ 2 mil nos Estados Unidos. Mas o equipamento decepcionou. Jornalistas americanos que receberam o celular para teste antes do lançamento para o consumidor, previsto para esta semana, relataram diversos defeitos, como rachaduras na tela ou problemas de imagem. Em alguns casos, depois de dois dias de uso, o celular ficou completamente inutilizado. O Galaxy Fold vinha sendo saudado como a maior experiência de design desde a chegada do iPhone ao mercado, há 12 anos.

Tela de tablet

O aparelho dobrável tem a peculiaridade de caber no bolso e contar com uma tela que pode ser estendida e ficar do tamanho de uma tela de tablet. Até que fossem feitos os testes da imprensa, a empresa garantia que o Galaxy Fold poderia resistir a até 200 mil aberturas e fechamentos (ou cem por dia) durante cinco anos. A Samsung informou que as unidades que apresentaram defeitos serão minuciosamente analisadas para que a causa do problema seja determinada. A empresa também chamou atenção para um procedimento equivocado de alguns usuários, a remoção da película protetora que reveste a tela dobrável. Alguns aparelhos podem ter sido danificados por causa desse descuido. Além da Samsung, a Huawei também tem sua versão dobrável, o Mate X.

Não é a primeira vez que Samsung enfrenta uma crise no lançamento de um celular. Em 2016, a empresa computou um prejuízo de bilhões de dólares e suspender a produção do modelo Galaxy Note 7. Nesse caso, o problema foi a combustão espontânea da bateria de alguns aparelhos, que pegavam fogo e explodiam.