Graças a um reforço estrutural, o pneu se mantém firme, mesmo com baixa pressão de ar ou até vazio (Crédito:Divulgação)

Não há nada mais desagradável do que ter um pneu furado. Além dos riscos no percurso, ainda há a ameaça de parar o carro em locais ermos para trocar o pneu. Isso sem falar do esforço e das mãos sujas após a troca. Mas esses problemas parecem que estão com dias contados e o fim do estepe está próximo, para alegria de motoristas e até da indústria automobilística. Desenvolvida há alguns anos, a tecnologia “run on flat” começa a chegar às ruas brasileiras em automóveis importados e até nacionais de topo de linha. O pulo do gato dos novos pneus é a possibilidade de continuar rodando por até 80 quilômetros, mesmo em caso de furos, ganhando tempo para encontrar um posto.
Isso só é possível graças a um reforço estrutural nas laterais do pneu que permite manter sua estrutura firme por determinado período, mesmo com a baixa pressão de ar ou até vazio. O único empecilho para o avanço da tecnologia está no preço. O produto chega a custar três ou quatro vezes mais caro que um pneu comum. Talvez por isso, ainda esteja restrito a marcas de luxo, como Mercedes-Benz e BMW. Mas a fabricante Goodyear aposta no crescimento do uso destes pneus.

Há algum tempo a indústria tenta acabar com os estepes para ampliar o tamanho do porta-malas e reduzir o peso do carro. No entanto, especialistas do setor alegam que diante do tamanho do Brasil e das condições das rodovias, que muitas vezes nem posto tem, ainda não há segurança para eliminar o estepe. Talvez por isso apenas a Ford, entre as montadoras do País, tenha lançado um modelo equipado com pneus “run on flat”, o Ecosport Titanium.