Se depender dos engenheiros da Jetpack Aviation, o estresse provocado pelo trânsito está cada vez mais próximo do fim: a empresa americana trabalha para produzir a primeira moto voadora com motores a jato do mundo.

Batizado de “Speeder”, o veículo não possui duas rodas, como as motocicletas comuns, mas o visual torna a comparação inevitável. Tecnicamente, ele faz parte de um grupo de invenções conhecido como Evolt, máquinas voadoras movidas a motores elétricos. A Speeder, no entanto, tem quatro turbinas que funcionam à base de combustíveis fósseis. Segundo o fabricante, ela poderá decolar e pousar de qualquer local. Com velocidade de 240 km/h, voará a 4.500 metros de altitude e terá autonomia de voo de cerca de 30 minutos no ar. A empresa, no entanto, já estuda adicionar turbinas para que a moto possa voar a uma altura ainda maior do solo.

“A visibilidade do piloto, os ventos, as nuvens e o ar rarefeito serão grandes desafios para o sucesso desse projeto.” Gleisson Balen, engenheiro (Crédito:Divulgação)

Turbinas

“Em termos de engenharia, o mais difícil é o controle de direção e empuxo dos jatos”, afirma Gleisson Balen membro do Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE). O profissional acredita que outros desafios podem surgir, como a manutenção da estabilidade em altas velocidades. “A visibilidade do piloto, os ventos, as nuvens e o ar rarefeito serão grandes desafios para o sucesso desse projeto.” Há outras iniciativas semelhantes à Speeder pelo mundo, inclusive no Brasil. É o caso de outros projetos da linha Evolt, como o “Eve Urban Air Mobility”, em estudo pela Embraer. Quem quiser se aventurar pelos céus na moto voadora, porém, terá que pagar um valor ainda mais estressante que os congestionamentos: o veículo, que ainda está em fase de protótipo, custará cerca de R$ 2 milhões.