Se no domingo 17 de abril de 2016 quando Jair Bolsonaro foi ao púlpito na Câmara dos Deputados e votou sim no impeachment de de Dilma, em memória do coronel-torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele tivesse sido preso e, posteriormente, perdido o mandato por apologia ao crime de lesa-humanidade, talvez não tivesse surgido o seu “filho” ideológico, Nikolas Ferreira.

O deputado foi o mais votado do País com 1,47 milhão de votos no último pleito. É um número absurdo de eleitores que apoiam alguém que, mesmo sabendo que o Brasil é a Nação que mais mata pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo, com cerca de uma morte por dia, comete o delito de homofobia. Cabe agora a seus pares efetivarem a sua cassação. É inadmissível que no momento em que o governo Lula tenta, a duras penas, colocar o País nos trilhos, o entulho bolsonarista continue induzindo boa parte da população à agressão.

É necessário compreender que a extrema direita e o bolsonarismo continuam por aí, e, por conseguinte, todas as suas práticas discriminatórias também. Tanto a sociedade como os parlamentares têm de se manter atentos para que racistas de forma geral não tenham palanque nem microfone, principalmente, na Câmara, casa do povo. Já passou da hora de os filhotes da ditadura serem jogados na lata de lixo da história.