David Bowie não morreu. Seu coração pode ter parado de bater há cinco anos, em 10 de janeiro de 2016, mas sua carreira segue tão em alta como na época do derradeiro álbum “Black Star”, lançado precisamente em seu aniversário de 69 anos – dois dias antes de sua morte. Esse legado se mantém vivo por meio de novos lançamentos, homenagens e obras derivadas que impressionam pela frequência, sem perder a qualidade. As produções incluem documentários como “Os Últimos Cinco Anos” (HBO), com imagens de suas sessões em estúdio, e “Os Primeiros Cinco Anos” (BBC), com cenas raras do início da carreira. Além disso, uma live de “Lazarus”, musical inspirado na canção homônima, foi exibida em 8 de janeiro, dia em que Bowie faria 74 anos. Na mesma data ocorreu outra grande apresentação online, “A Bowie Celebration: Just For One Day”. Liderado por seu pianista, Mike Garson, o show reuniu Duran Duran, Peter Frampton, Foo Fighters e outras lendas do rock. O nome de Bowie continua tão forte que suas canções acabam de ser liberadas para uso no aplicativo Tik Tok, febre entre os adolescentes. Nada mais adequado para um artista que foi visionário em tudo, inclusive em antecipar a revolução digital: foi o primeiro músico de renome a disponibilizar uma música para download na internet – “Telling Lies”, em 1997.

Lançamentos agitam os fãs

Lançado dois dias antes da morte de Bowie, “Blackstar” é praticamente um álbum póstumo. Pela temática das letras, porém, ele nos leva a crer que foi tudo planejado. Parece mórbido, mas não é. Bowie era um artista que via a própria vida como uma performance. Em celebração a data de seu aniversário/morte, chega às plataformas um single com as versões de “Trying to Get to Heaven”, de Bob Dylan, e “Mother”, de John Lennon. A edição limitada do disco em vinil branco (foto) vai provocar disputa entre os fãs. Quem ficar na mão pode curtir a série de novos álbuns ao vivo que chega ao streaming. O mais recente, “Liveandwell.com”, traz até canções do show de 1997 no Rio de Janeiro.