Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

O dia do ministro que não caiu

Ministro Márcio Macêdo resiste a notícias de demissão desde o início do ano

Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Ameaçado de demissão desde o começo do ano, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, assinou nessa quinta-feira, 25, no Planalto a portaria de criação do Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), um programa que estava em discussão há dez anos.

Havia rumores de que, tão logo chegasse dos Estados Unidos, Lula demitiria Macêdo e colocaria em seu lugar Guilherme Boulos, do PSol. Na quarta-feira, questionado pela imprensa, Márcio Macêdo repetiu um mantra que tem evocado nos últimos meses: Lula não lhe falou sobre a demissão e as notícias partiram de fogo amigo. Nesta quinta, eles não se encontraram.

Sobre o Pronara, que ficará sob gestão da Secretaria-Geral, Macêdo disse ter sido “uma conquista histórica para garantir comida saudável, sem veneno, e fortalecer a agricultura familiar”.

Para esta sexta-feira, 26, o ministro terá uma agenda com Lula, uma cerimônia no Palácio com o BNDES e o Ministério da Saúde.

Macêdo é citado, inclusive entre petistas, como um ministro apagado, embora sempre esteja acompanhando Lula. Sua permanência no governo é uma incógnita. Mas ele resistiu por mais um dia.