O meio ambiente está em colapso. Autoridades italianas estão em alerta nas últimas semanas por conta de um fenômeno preocupante: a erupção do vulcão Etna. Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália, o vulcão de 3,3 mil metros de altitude tem sido responsável por tremores de baixa intensidade, explosões de lava e liberação das cinzas que tomaram conta dos céus da Sicília, província que o abriga, no sul do País. O maior temor é que haja uma grande erupção.

“O Etna fica em uma província muito populosa, na Sicília.
É um grande risco” Marcelo Lemes, geógrafo (Crédito:Divulgação)

Alerta ligado

Embora a causa dos abalos e das explosões de lava ainda seja desconhecida, especialistas acreditam que a degradação do meio ambiente seja a matriz do problema, visto que, conforme o aquecimento global aumenta, mais sinais de “fúria” o Etna nos dá. Para Marcelo Lemes, professor em geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), o governo italiano deve ficar atento e monitorar o local. “Os tremores de terra são indicativos de anormalidade que precisam ser observados”, diz. “O governo deve seguir monitorando o local. A região é densa e uma das mais povoadas da Itália”.

O País possui outros dois vulcões ativos: o Stromboli, na Ilha Stromboli, e o conhecido Monte Vesúvio, perto de Nápoles. O “excesso” de abalos sísmicos preocupa estudiosos e é apontado como incomum. A coluna de fogo expelida pelo gigante rochoso de 300 mil anos atingiu mais de 250 metros de altura. Apesar de nenhum incidente ter sido registrado, as cinzas foram espalhadas por quilômetros a fio na região da Sicília, cobrindo carros e ruas. Entre dezembro de 2020 e janeiro deste ano, foram registrados no Etna aproximadamente 200 pequenos terremotos. Portanto, as autoridades estão em estado de alerta. Em 2002, as lavas do vulcão destruíram plantações agrícolas, comércios e aldeias inteiras, até chegar no mar. E agora a ameaça parece retornar.


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