A secretária de Desenvolvimento Social do estado de São Paulo, Célia Parnes, foi a entrevistada de mais uma live de ISTOÉ, nesta sexta-feira (20). Formada em administração de empresas pela FEA-USP com diversos cursos de especialização no exterior em Gestão, Governança e Inovação, ela falou sobre os projetos e trabalhos da pasta da qual é gestora.

Para Célia, o trabalho do governo Dória é focado na população mais vulnerável do Estado: “Um olhar voltado para as pessoas”.

Paulistana, 52 anos, Célia atuou por mais de 20 anos na União Brasileiro Israelita do Bem Estar Social (UNIBES), uma das mais antigas organizações da sociedade civil que atende crianças, adolescentes, idosos e famílias que vivem em situação de vulnerabilidade.

À frente do estado mais rico da Federação e que possui muitas famílias em estado de extrema pobreza, Parnes conta  que o seu maior desafio é acolher a população com um novo olhar. 

“Nosso trabalho busca a impulsão social que é mais que sustentar”, relata. 

A secretária entende que São Paulo não está livre dos problemas sociais que se alastram pelo País, mas ela argumenta que o governo paulista busca na criatividade e na gestão eficiente uma forma de amparar, cuidar e resgatar a cidadania.

“O desafio de 2021 será os mais carentes”, avalia.

Na conversa, ela fala sobre o desenvolvimento social como promotor da equidade racial. Ela entende que se o Brasil deseja construir uma sociedade em que todos tenham chances iguais, as autoridades devem, urgentemente, contrapor aspectos que ainda diferenciam brasileiros por sua condição social, gênero, religião, escolaridade, idade e cor de pele.

Ainda segundo Célia, é lamentável que em plena segunda década do século XXI, a população negra ainda enfrenta, além do racismo, os efeitos nocivos da desigualdade social.

“Temos muito a caminhar. Fico indignada por estarmos discutindo questões como o racismo ainda hoje no Brasil”, critica.

Célia  defende a inclusão produtiva, a economia criativa com o foco em incluir, capacitar e reinserir as pessoas no mercado de trabalho e ao seio familiar.

“Todas as pessoas podem ser impulsionadas, de forma ascendente, por políticas públicas para que tenham mobilidade social”, finaliza.