Na obra “Salvator Mundi”, Jesus Cristo é retratado posicionando uma mão em sinal de bênção enquanto a outra segura uma bola de cristal. Pintada no século 16, ficou perdida por 150 anos e, quando reapareceu, danificada, sua autoria estava havia muito tempo esquecida. Na época, pertencia a um colecionar britânico que a vendeu por cerca de R$ 200. Há seis anos, a história mudou completamente. O quadro foi identificado como sendo um autêntico Leonardo da Vinci, muito embora tenha se especulado se não foi pintado por algum de seus pupilos. Polêmicas sobre a autoria à parte, a tela foi arrematada em 19 minutos por R$ 1,5 bilhão na quarta-feira 15, durante um leilão na Christie’s, em Nova York. Até então, a venda mais cara foi um quadro de Pablo Picasso, por R$ 600 milhões.

Valorização recorde

O burburinho em torno da real autoria do quadro atravessou décadas. Quando em 2005 passou para as mãos do colecionador americano Alexander Parish, que a adquiriu por R$ 33 mil, foi submetida a um tratamento de conservação e examinada por especialistas de todo o mundo. Concluída a autoria de Da Vinci, seu valor subiu veritiginosamente e, muito embora a polêmica sobre a autenticidade ainda exista, a Christie’s afirma que trata-se, sim, de uma obra original.

33 mil reais – Foi o valor pago pelo quadro por um colecionador americano em 2005. A autoria só foi confirmada por especialistas em 2011