O apresentador e jornalista Marcelo Tas comentou em entrevista ao El País a fala da atriz Monica Iozzi sobre o CQC (Custe o Que Custar) e a suposta influência do programa na “ascensão” de Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Conversa com Bial, a ex-integrante do programa fez um mea-culpa por ter dado voz ao então deputado que mais tarde seria eleito presidente. “Ele foi muito mais inteligente do que nós, do CQC”, avaliou Iozzi.

“Eu nunca consegui ter essa visão ampla de que, ao invés de estar fazendo uma denúncia, eu poderia estar dando palanque e aumentando o alcance daquele discurso de ódio”, comentou a atriz.

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Para Marcelo Tas, no entanto, não faz sentido culpar os quadros com Bolsonaro no programa pela ascensão dele à Presidência. “Eu saí do CQC em 2014, e o Bolsonaro foi eleito em 2018. É surreal alguém achar que nós contribuímos para o Bolsonaro ser presidente, e não os 60 milhões de brasileiros que votaram nele”, afirmou Tas ao El Pais.

De acordo com o jornalista, o programa acumulou inimizades de distintas correntes. “Nós recebemos processos de vários partidos, o que mostra nossa independência. O CQC não criou Bolsonaro”, ressalta Tas. O CQC foi lançado em 2008 e fez sucesso por impulsionar uma cobertura bem humorada, porém ácida dos bastidores de Brasília.