Sete indiciamentos por adulteração de combustíveis, um Boletim de Ocorrência policial que narra ameaça a família de um empresário que devia para o seu grupo. Seria o script de um novo filme de gangster? Não, trata-se do histórico policial de Alan Yang, também conhecido como “China”.

Ainda que seu nome não apareça , ele é apontado como controlador e mentor intelectual das distribuidoras Petrozil e Saara.

A Petrozil teve um grande volume de gasolina apreendida pela Receita Federal, pois se beneficiava de uma norma editada na fase crítica da pandemia da Covid-19 para não recolher os tributos de importação da gasolina. Já a Saara teve sua inscrição estadual cassada no final do ano passado pela Secretaria de Fazenda paulista, a qual misteriosamente foi restabelecida.

Porém, agora, China, como Alan é conhecido no mercado de combustíveis, deu um passo bem maior.

Conseguiu, mesmo com esse histórico, autorização da Secretaria de Fazenda do Estado e da ANP para operar uma formuladora de combustíveis.

As normas que norteiam essa concessão são extremamente rígidas, mas milagrosamente parece que a empresa Vertex conseguiu superar todas as exigências, inclusive a de demonstrar a origem do capital social investido.

Mas o que parece surreal é como China conseguiu superar a norma paulista que proíbe empresários flagrados comercializando combustível adulterado de obterem novas concessões de autorização para comercializar os produtos.