As principais estradas e avenidas do País estão bloqueadas por caminhoneiros ou por meia dúzia de marginais que gritam palavras de ordem contra Lula. Na maioria dos casos, a Polícia Rodoviária Federal comandada por Bolsonaro – teria sido Flávio Bolsonaro quem indicou o atual diretor da instituição, Silvinei Vasques para cargo de diretor geral da PRF – nada faz para desobstruir as estradas.

O silêncio do presidente Bolsonaro, que ainda não reconheceu a vitoria do petista, estimula os protestos antidemocráticos, já que essa turba desrespeita a vontade da maioria que elegeu Lula. E, pior, desrespeita a decisão do ministro Alexandre de Moraes e do STF, que dererminou o fim dos bloqueios.

Diante do caos, que além de paralisar estradas, fechou acesso ao Aeroporto de Guarulhos, suspendendo inúmeros voos, o presidente Bolsonaro não move uma palha para criticar os manifestantes, pedir o fim dos protestos, exigir a volta à normalidade e, mais do que isso, reconhecer a derrota para Lula e pedir em rede nacional que o resultado das urnas seja respeitado. Ao se calar, Bolsonaro dá a senha para esses atos criminosos e contra a democracia.

Sem um presidente no comando do País, precisamos que a Justiça, mais uma vez, restabeleça a ordem.