Luciano Huck desistiu de ser candidato à Presidência da República em 2018.
É inegável que um comunicador com uma exposição como a sua teria enormes chances na disputa.
Numa pesquisa recente, o apresentador despontou como um dos mais queridos entre os possíveis candidatos, com mais de 60% de aprovação.
É lamentável que Huck tenha tomado essa decisão tão radical.
Principalmente porque sua intenção não era apenas a de ser presidente.
Não poderia nem divulgar, mas fontes seguras me informaram que existia um ambicioso movimento entre os artistas por trás dessa candidatura.
Huck seria apenas a ponta de um iceberg de transformações.
Faz sentido, afinal, as placas tectônicas que sustentam nosso grande País estão se ajustando.
Do regulamento do BBB ao próximo presidente, passando pela Lava Jato, o status quo está sendo questionado.
Grupos que antes não tinham voz, hoje se expressam livremente.
Há quem queira os militares de volta.
Há quem exija uma nova Constituinte.
Há quem queira até mesmo a volta da monarquia.
Então faz sentido que Luciano Huck seja o homem certo não apenas para se lançar candidato, mas também para capitanear a implantação de uma nova proposta de governo para o País.
De acordo com o material que tive acesso, o nome provisório dessa proposta era Caldeirismo.
Um sistema político totalmente inspirado no programa Caldeirão do Huck.
O Caldeirismo só existiria aqui, do jeito que a gente gosta, como a tomada de três pinos.
A Capital Federal passaria a ser o Projac, no Rio de Janeiro.
Pelo Manifesto Caldeirista, que pude ler em primeira mão, o governo aconteceria 100% do tempo na televisão, mas apenas aos sábados e domingos, quando não houvesse clássicos do Campeonato Brasileiro.
A decisão de Huck pegou de surpresa seus aliados que já tinham tudo planejado para que o Caldeirismo desse continuidade a diversas iniciativas e políticas sociais de outros governos.
A única diferença é que, ao invés de ações contínuas, os projetos sociais seriam quadros gravados e apresentados pelo João Doria.
No rascunho do programa de governo, notei que alguns nomes desses projetos foram trocados por nomes de quadros atuais do Caldeirão, imagino que para se adequar à audiência.
Coisa simples, cosmética apenas: o “Minha Casa, Minha Vida” passaria a se chamar “Lar, Doce Lar”. O “Passe Livre” passaria a ser “Lata Velha”. O “Bolsa Família” seria “Herói Por Um Dia”.
As mudanças nos três poderes também já estavam traçadas.
O Judiciário seria composto por notáveis com ampla experiência.
Nomes como Wagner Montes, Mara Maravilha, Leão Lobo e até mitos, como Décio Piccinini, já haviam inclusive sido convidados para compor o STF.
Sergio Malandro aceitou ocupar a cadeira de Gilmar Mendes.
Caberia aos jurados, no quadro “Acorrentados”, tomar as decisões mais polêmicas ao vivo e os tele-eleitores poderiam votar entre Prisão Domiciliar e Papuda por um 0800.
O Legislativo foi inspirado no Parlamentarismo, só que mais radical porque, toda semana, seria trocada a totalidade dos membros do plenário.
Deputados e senadores seriam atores, músicos e atletas, ao invés de nossos tacanhos políticos.
Gente sensível que seria estimulada a se emocionar e chorar ao vivo, a cada sessão plenária, no quadro “Mandando Bem”.
O Executivo, óbvio, seria representado pelo próprio Luciano Huck, salvo quando estivesse em viagens oficiais, quando poderia ser substituído pelo Faustão.
A única informação que não encontrei nos documentos que me foram entregues foi o nome do vice, que, nos últimos anos, provou ser um cargo fundamental.
A informação veio numa gravação em que pode se ouvir claramente Luciano afirmar “… pra vice eu convidei o Silvio Santos, mas ele só vem se o SBT entrar para a base do governo…”.
Aí foi demais para mim.
Volta, Huck, por favor.

Grupos que antes não tinham voz, hoje se expressam livremente. Há quem queira os militares de volta. Há quem exija uma nova Constituinte. Há quem queira até mesmo a volta da monarquia