O País, que nunca valorizou as mulheres como elas merecem, tem agora, com elas, a chance de subir muitas vezes ao pódio nas Olimpíadas de Tóquio. Pela primeira vez, cento e quarenta atletas femininas disputarão os Jogos: 46,5% de toda delegação brasileira. Ao todo, trezentos atletas do País competirão em trinta e cinco modalidades. Detalhe: entre eles, há dezoito campeões. “Temos uma delegação de qualidade, com esportistas que conquistaram resultados expressivos nos últimos anos e que vão fazer o seu melhor”, diz o diretor de Esportes do COB. Engana-se quem imagina que as chances de medalha vêm somente de modalidades tradicionais no Brasil. Somos o único País Sul-Americano a enviar a Tóquio um time de rugby — e quem nos representará será, justamente, a seleção feminina. Há, também, chances concretas no vôlei, judô e vela — além de favoritismo em modalidades que estreiam na competição, a exemplo do surfe e skate. Se chover medalhas há motivo de festa, mas as comemorações ficarão para depois: a pandemia segue sendo uma ameaça fatal em todo o mundo. Os Jogos começarão na sextra-feira 23 de julho. E serão frios e silenciosos: não será permitida a presença de público.

TURISMO
Dubai inaugura a maior piscina em todo o mundo

CIDADE N’ÁGUA Profundidade de 60 metros: muita coragem e muito oxigênio para mergulhar (Crédito:Deep Dive Dubai)

Quatorze milhões e seiscentos mil litros de água: esse é o volume da piscina mais profunda em todo o mundo, inaugurada na semana passada, em Dubai. Turistas mergulhadores poderão desbravar a cidade submersa que há na piscina, equipados, é claro, com potentes cilindros de oxigênio. “É uma piscina de sessenta metros de profundidade, quinze metros a mais que qualquer outra do planeta”, diz o diretor da Deep Drive Dubai, Jarrod Jablonski. Vale ressaltar que a cidade árabe tem também o edifício mais alto do mundo, com oitocentos e vinte e oito metros, do térreo ao último andar. Tanto a piscina quanto o prédio mostram, sem dúvidas, o potencial econômico do país.

LIVROS
O racismo que não se vê

ESTILOS Claudia Rankine: em seu primeiro livro no Brasil, ela discute, com artigos, poemas e ensaios o preconceito estrutural (Crédito:The New York Times)

Em casos em que um joelho branco asfixia até a morte um pescoço negro, como o do assassinato de George Floyd pelo policial Derek Chauvin, não há como negar o racismo. No entanto, o preconceito não se dá somente quando a vítima negra é morta. Para que situações tão extremas existam, é porque ocorre, diariamente, uma série de atitudes que perpetuam a discriminação e a supremacia branca. Esse é o tema do livro “Só nós: uma conversa americana”, da premiada escritora jamaicana Claudia Rankine (editora Todavia). Rankine coloca à mesa e escancara privilégios de uma sociedade que não vê os negros e, por isso, não se enxerga racista.