O bicho vai pegar: Senado vai votar legalização do jogo

Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é jornalista graduado na FACHA, no Rio, e pós-graduado em Ciências Políticas pela UnB. Iniciou carreira em 1996 em MG. Foi colunista do Informe JB, da Gazeta Mercantil, dos portais iG e UOL. Apresentou programas na REDEVIDA de Televisão e foi comentarista da Rede Mais/Record Minas. De Brasília, assina a Coluna Esplanada em jornais de capitais e é colunista do portal da Isto É.

O bicho vai pegar: Senado vai votar legalização do jogo

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: AFP

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), colocou em votação para esta quarta-feira (4) no plenário o Projeto de Lei 2234/22, de autoria do deputado Renato Vianna (MDB-SC) – que já tramitou pela Câmara e comissões da Casa Alta.

O projeto derruba o Decreto-lei 3.688 de 1941, da Lei das Contravenções Penais, para o Jogo do Bicho e o oficializa sem a pecha de crime em todo o Brasil. O presidente Lula da Silva já sinalizou que vai sancionar, caso seja aprovado.

Defensores do Bicho, um jogo secular nas ruas do País – em especial do Rio de Janeiro, seu nascedouro – apontam vantagens, como a formalização de 400 mil empregos e geração de outros 200 mil e a tributação em 17% sobre a empresa prestadora do serviço.

Os bicheiros terão de abrir CNPJ e seguir toda a legislação como qualquer outra empresa, como assinar carteira dos apontadores e pagar impostos. O Governo terá um ano para regulamentar o Bicho, que ficará sob fiscalização da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

No contra-ataque, a bancada cristã do Senado, liderada por Damares Alves (Rep-DF) e Eduardo Girão (NOVO-CE), começou a articular e promete dificultar a aprovação.