Leonardo Miranda de Arruda, filho do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, que foi assassinado no mês passado, divulgou nas redes sociais uma nota repudiando a decisão da Justiça do Paraná que concedeu prisão domiciliar ao policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, denunciado por homicídio qualificado. As informações são do Uol.

“Manifesto meu total desapontamento com a Justiça, as autoridades envolvidas e o Governo do Estado do Paraná. Neste dia 10 de Agosto, um mês do assassinato de meu pai, Marcelo Arruda, o Governo não se mostra preparado para receber um ‘preso’ em uma Clínica Médica Penitenciária por não conseguir oferecer estrutura suficiente e através do Juiz responsável permitindo a prisão domiciliar”, escreveu Leonardo.

“Após ter cometido tamanha barbárie e acabado com a vida de um pai de família, o assassino ficará em casa, curtindo o dia dos pais com seu filho, se ‘recuperando’. E eu? E nós filhos de Marcelo? Seguimos em busca de Paz e Justiça, por Marcelo Arruda!”, publicou.

 

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A prisão preventiva de Guaranho foi convertida em prisão domiciliar após o agente receber alta do hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR), na quarta-feira (10). Conforme o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, a prisão domiciliar foi concedida considerando a falta de estrutura apontada pelo sistema penal para abrigar o acusado.

O agente bolsonarista necessita de acompanhamento com profissionais de saúde, como fisioterapeuta e nutricionista. No entanto, o Complexo Médico Penal para onde ele seria transferido não consegue atender essas demandas.

Relembre o caso

Na noite do dia 9 de julho, Jorge José e Marcelo trocaram tiros. O tesoureiro do PT morreu devido aos ferimento. O petista estava comemorando seu aniversário. A festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acontecia na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi).

Segundo boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná e testemunhas no local, o agente penitenciário teria aparecido na festa apontando uma arma ao mesmo tempo que gritava insultos aos presentes e palavras a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição.

Jorge José deixou o local a pedidos de sua mulher, dizendo que voltaria, o que de fato ocorreu pouco depois, quando disparou contra Marcelo, que a essa altura estava com sua arma funcional e reagiu atingindo o bolsonarista.