Os opositores de direita do advogado e ex-deputado Wadih Damous, do PT do Rio de Janeiro, estão revirando os baús para lançar um arsenal contra o petista, indicado do governo à presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E isso ainda antes de ter a data de sua sabatina no Senado.
A estratégia é colocar os ministros do Supremo Tribunal Federal contra Damous, ressuscitando vídeos antigos em que Damous faz severas críticas aos magistrados.
A maior parte das críticas diz respeito ao período em que o presidente Lula esteve preso. Numa das falas, Damous diz que “o ministro Luís Roberto Barroso é seguramente o pior ministro do Supremo Tribunal Federal dos últimos tempos”. O vídeo trata de uma crítica à fala do ministro de que o STF teria como função “corrigir as escolhas do povo”. Nesse vídeo, Damous diz que tem de “fechar o Supremo” e criar uma corte constitucional com os membros detentores de mandato.
Em outro vídeo criticando Barroso, ele diz que o ministro é “o mais punitivista, o mais direitista” do STF.
Damous também critica a ex-presidente do STF Cármen Lúcia, que disse que o STF não poderia se “apequenar” ao julgar a presunção de inocência de uma pessoa. “Essa pessoa era Lula”, disse o advogado. Afirmou ele que Cármen Lúcia não foi uma boa presidente da Corte.
O ministro Edson Fachin também é alvo das críticas. Para o advogado, Fachin estaria “a soldo da prisão de Lula”.
Procurado, Wadih Damous não quis comentar.