Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

O arsenal contra a indicação de Wadih Damous à presidência da ANS

Direita desenterra críticas de Damous aos ministros do Supremo para minar candidatura

Divulgação
Foto: Divulgação

Os opositores de direita do advogado e ex-deputado Wadih Damous, do PT do Rio de Janeiro, estão revirando os baús para lançar um arsenal contra o petista, indicado do governo à presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E isso ainda antes de ter a data de sua sabatina no Senado.

A estratégia é colocar os ministros do Supremo Tribunal Federal contra Damous, ressuscitando vídeos antigos em que Damous faz severas críticas aos magistrados.

A maior parte das críticas diz respeito ao período em que o presidente Lula esteve preso. Numa das falas, Damous diz que “o ministro Luís Roberto Barroso é seguramente o pior ministro do Supremo Tribunal Federal dos últimos tempos”. O vídeo trata de uma crítica à fala do ministro de que o STF teria como função “corrigir as escolhas do povo”. Nesse vídeo, Damous diz que tem de “fechar o Supremo” e criar uma corte constitucional com os membros detentores de mandato.

Em outro vídeo criticando Barroso, ele diz que o ministro é “o mais punitivista, o mais direitista” do STF.

Damous também critica a ex-presidente do STF Cármen Lúcia, que disse que o STF não poderia se “apequenar” ao julgar a presunção de inocência de uma pessoa. “Essa pessoa era Lula”, disse o advogado. Afirmou ele que Cármen Lúcia não foi uma boa presidente da Corte.

O ministro Edson Fachin também é alvo das críticas. Para o advogado, Fachin estaria “a soldo da prisão de Lula”.

Procurado, Wadih Damous não quis comentar.