No Festival da Música Brasileira, em 1967, Sérgio Ricardo foi vaiado enquanto apresentava “Beto Bom de Bola”, canção inspirada em Garrincha. O músico não teve dúvida: quebrou o violão e o atirou na plateia. Esse e outros episódios da vida de um dos mais versáteis artistas brasileiros estão eternizados no memorial “Sérgio Ricardo — Memória Viva” (sergioricardo.com), site com textos, fotos e conteúdo multimídia. O artista morreu no ano passado aos 88 anos e deixou sua marca não apenas na música, mas no cinema e nas artes visuais. Além de mestre da Bossa Nova, compôs as trilhas sonoras de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e “Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, clássicos de Gláuber Rocha, e dirigiu filmes como “Esse Mundo é Meu” (1963) e “A Noite do Espantalho” (1974).