O executivo Yon Moreira, CEO do grupo Surf, foi o entrevistado da live da ISTOÉ, nesta terça-feira (25). O empresário falou sobre a sociedade em rede, os avanços e desafios da tecnologia e dos governos no mercado de telecomunicações e de serviços financeiros.
A organização comandada por Yon é primeira empresa brasileira que combina soluções de conectividade e financeiras, por meio do Surf Connect e Surf Fintech e Surf Soluções.
Moreira avalia que o 5G é mais que uma mudança de tecnologia, mas de comportamento global. “O 5G vai melhorar a vida das pessoas”, afirma.
Atualmente, a empresa comandada pelo executivo contabiliza mais de 5 milhões de chips vendidos pelo País. O esquema de Moreira funciona assim: a Surf compra o direito de usar a infraestrutura das operadoras de telecomunicações para vender serviços similares.
“Cerca de 40 milhões de brasileiros não têm conectividade. Ter conexão é ter dignidade. Quem puder pagar, paga. Quem não puder, a gente dá”, explica.
Em um futuro não tão distante, Yon pretende abrir um espaço no disputado segmento de fintechs e bancos digitais.
“Não focamos na tecnologia, mas nas pessoas. A gente se propõe a resolver dois problemas: da conectividade e serviço financeiro. Não queremos só abrir conta digital. Quem precisa de conectividade também precisa de dinheiro. O microcrédito é fundamental para as pessoas saírem do nível de dificuldade total”, diz.
O CEO revelou ainda que o governo brasileiro fez uma busca de espionagem na cidade paulista de São José dos Campos, há dois anos, e encontrou 17 células espiãs, de vários países, atuando no Brasil, espionando a indústria brasileira de defesa.
“Todo mundo investiga todo mundo. Não tem ninguém que é amiguinho”, comentou.
“Independente da tecnologia que a gente escolher, temos que ter segurança cibernética. Esse é o faroeste dos novos tempos”, conclui.