O Carnaval está chegando, e junto dele os famosos bloquinhos de rua. A nutricionista Sol Meneghini tem Transtorno do Espectro Austista (TEA), assim como seu filho, e, para os dois, porém, o Carnaval não é considerada uma época para bloquinhos. Inclusive, essa comemoração pode ser um momento de desafio para as famílias pelo excesso de estímulos sensoriais e, também, pela aglomeração intensa. No entanto, a profissional tenta ver o melhor da situação. Em entrevista à IstoÉ, ela comenta sobre essa questão.

“Pode ser uma oportunidade para estimular crianças e adultos com TEA a ter novas experiências, é só conhecer seus limites e preferências”, diz Sol, que nunca chegou a participar de um bloco que tivesse muitas pessoas, mas que decidiu inovar nesse Carnaval e viajar, algo que ela também não costumava fazer.

“Mudamos esse ano, o Dudu meu filho viajou com o pai e eu viajei para Salvador, pela primeira vez iremos participar de um Carnaval e a expectativa é grande”, conta a nutricionista, que mesmo muito animada, também está um pouco receosa com a mudança de cenário, em um momento de tanta agitação.

A dificuldade com mudanças é um traço comum entre os autistas, mas isso não deve impedir a família de introduzir novidades na rotina.

“Sempre respeitando as preferências e limites da pessoa com TEA, é importante trazer novos elementos, como a nossa viagem, para tornar o contato com o novo um processo menos problemático”, finaliza Sol.