O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ficou “escondido” durante o ato de 7 de setembro, comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado, 7. Ele esteve presente no trio elétrico estacionado na avenida Paulista, mas não falou ao microfone.

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O emedebista chegou ao trio elétrico ao lado do ex-presidente e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ao subir no veículo, sequer foi anunciado.

Durante as falas das autoridades, o prefeito evitou ficar próximo às barras que davam para os apoiadores do ex-presidente. De camisa verde e amarela, Nunes conversou com políticos, mas não se mostrou aos eleitores.

As ações de Nunes foram na contramão da candidata Marina Helena (Novo), que ficou a todo momento próxima à grade para se mostrar aos apoiadores. Em dado momento, tirou fotos e conversou com o filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Nunes ainda foi omitido durante o pronunciamento de Bolsonaro. O ex-presidente usou seu tempo para atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e não citou o apoio ao candidato à prefeitura.

Oficialmente, Bolsonaro anunciou apoio a Ricardo Nunes na disputa pela prefeitura de São Paulo e indicou o vice, o coronel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) Ricardo Mello Araújo (PL), um de seus maiores aliados. Mesmo com o apoio, ele tem evitado participar da campanha ativamente e não realizou agendas de campanha com atual prefeito ou gravou peças para a propaganda eleitoral.

A campanha de Ricardo Nunes tem cobrado uma participação maior do ex-presidente, já que grande parte dos apoiadores tem migrado para Pablo Marçal (PRTB). Nesta semana, Jair Bolsonaro disse ser “cedo” para mergulhar na campanha de Nunes, o que incomodou uma ala da coordenação da candidatura.