Nunes diz que Enel ‘não tem como’ seguir em SP e pede intervenção do governo Lula

Mais de 800 mil residências seguem sem energia na área de cobertura da empresa

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu do governo Lula (PT) uma intervenção na concessão da Enel, responsável pela distribuição de energia na capital e em outros 23 municípios da Grande São Paulo, e afirmou que “não tem mais como” a empresa seguir na cidade.

A gente sabe que cada vez que tiver um vento, uma chuva, nós vamos passar por isso. Então, a gente precisa deixar claro que essa empresa não tem como mais continuar em São Paulo”, afirmou Nunes nesta sexta-feira, 12, em entrevista à rádio CBN.

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Cerca de 830 mil residências amanheceram sem energia na área de cobertura da Enel nesta sexta, terceiro dia seguido de apagões na região em decorrência de um ciclone extratropical. Segundo a companhia, 1.600 equipes foram mobilizadas para a manutenção da rede elétrica, mas não há previsão de restabelecimento integral.

Nunes afirmou que a informação dada pela empresa é falsa. “Pegamos os dados das placas dos veículos que a Enel diz que tem, colocamos no SmartSampa e essas placas não aparecem circulando em nenhum local da cidade de São Paulo“, disse o emedebista.

Como revelou a IstoÉ, durante a campanha em que se reelegeu, em 2024, o prefeito chegou a amenizar o tom nas críticas à Enel por considerá-la uma “parceira estratégica” de sua administração. Com mais uma crise no caminho, a postura mudou.

Ao todo, mais de 2 milhões de residências chegaram a ficar sem energia na área de cobertura da Enel durante a semana. O Corpo de Bombeiros registrou mais de 1.300 ocorrências relacionadas a quedas de árvores.