Nunes culpa Enel e governo federal por apagão em São Paulo

Prefeito da cidade se eximiu de culpa em relação ao episódio que deixou população sem luz

Nadja Kouchi/Acervo TV Cultura
Ricardo Nunes Foto: Nadja Kouchi/Acervo TV Cultura

Depois de seis dias de caos em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se eximiu de qualquer culpa em relação ao episódio que deixou a população da cidade sem luz após a passagem de um ciclone extratropical pela região. De acordo com ele, a culpa para o problema seria da Enel e do governo federal. Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira, dia 15, ele disse que “não dá mais para suportar” o apagão vivido pela população.

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“A gente não consegue entender como essa empresa ainda permanece com a concessão de energia devido a tantos e tantos problemas que ela tem causado para as pessoas”, disse o prefeito relembrando outros episódios de apagões que aconteceram em 2023, 2024 e este ano. “Estamos no sexto dia e ainda com problemas. É algo que não dá mais pra gente suportar e aturar, a população está sofrendo muito e o governo federal precisa tomar uma atitude, porque o governo federal que tem essa competência”, afirmou.

Ainda de acordo com Nunes, a Prefeitura terá uma reunião nesta terça-feira, dia 16, com o Ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira (PSD) para dialogar sobre o assunto. “Vamos conversar e apresentar mais uma vez para o ministro todas as questões de sofrimento da população”, pontuou.

Em relação à questão de poda de árvores, que poderia ter evitado o problema da falta de luz em muitas casas, Nunes afirmou que a Prefeitura realizou, neste ano, 13 mil remoções de árvores e 170 mil podas. “É muto importante que a população nos escute: dessa área toda que ficou sem energia, a gente tem 10% que representa alguma interferência por conta de queda de árvore. Na grande maioria das áreas afetadas, não existe correlação com a queda de árvores”, disse.

Eleições

Durante o programa, o prefeito também falou sobre as eleições de 2026. O nome dele é cotado para o governo de São Paulo, caso o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) dispute a corrida presidencial. “Eu não sou candidato, vou até 2028, vou concluir o meu mandato”, afirmou.

Quando você tem uma boa aprovação, o seu nome acaba surgindo. Se o Tarcísio não for candidato, eu apareço como o nome mais competitivo, mas eu estou trabalhando. E o Tarcísio também nunca falou que é candidato à presidência”, ponderou.