O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na segunda-feira (31) nunca ter feito uso pessoal de um de seus três cartões corporativos. Durante agenda oficial em Itaboraí (RJ), onde discursou para gestores da Petrobras, Bolsonaro comentou sobre o assunto.

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“O meu cartão, que eu posso sacar até R$ 25 mil por mês e tomar em tubaína com coca-cola, nunca tirei um centavo”, afirmou. O presidente também disse que os filhos, o senador Flávio (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo (PSL-SP), não possuem cartão corporativo da Presidência.

“Nenhum filho meu tem cartão corporativo. Tenho três, dois são para viagens, abastecimento de aeronaves, comprar comida para 50 emas”, disse. “As acusações são as mais absurdas possíveis porque estamos incomodando.”

De acordo com levantamento feito pelo O Globo, em apenas três anos, os gastos com cartões corporativos do presidente ultrapassam os gastos de quatro anos da gestão anterior, dividida entre Dilma e Temer.

Os dados apontam que Bolsonaro gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos, 18,8% mais do que os R$ 24,9 milhões consumidos ao longo dos quatro anos de Dilma e Temer. Em 2021 apenas, as despesas de Bolsonaro chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos.

No mês passado, as compras dos cartões exclusivos da família do presidente acumularam gastos que chegam à R$ 1,5 milhão. Esse valor é o mais alto, para um único mês, em todo o período do governo Bolsonaro até agora. O presidente passou parte de dezembro de férias no Sul do Brasil.

Segundo a reportagem, os números, corrigidos pela inflação, estão relacionados aos 29 cartões corporativos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, todos de responsabilidade do presidente, familiares e auxiliares próximos.

As informações de como foram gastos os valores são mantidas em sigilo pelo Governo.