Às voltas com especulações de que poderia assumir a presidência do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou nesta sexta-feira, 24, que “nunca ocorreu” a ele assumir a direção do partido e que é preciso aguardar a convenção nacional, marcada para o próximo dia 9.

“Sou a sétima assinatura na fundação do PSDB, fui duas vezes presidente do partido no Estado, mas nunca me ocorreu a hipótese de estar participando da direção nacional. Vamos aguardar, tem uma convenção nacional marcada agora no começo de dezembro”, disse Alckmin. “Temos dois ótimos quadros (na disputa), o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Marconi Perillo (GO). Então vamos aguardar as próximas semanas.”

As declarações, dadas após um evento no Palácio dos Bandeirantes, acontecem em um momento de forte divisão interna da sigla. Com o racha ameaçando os planos eleitorais da legenda às vésperas de 2018, parte dos tucanos tem argumentado que o governador paulista, o candidato mais provável do partido à Presidência da República neste momento, deveria assumir as rédeas da legenda.

Alckmin também comentou as declarações do prefeito João Doria, que admitiu ontem que pode disputar o governo do Estado. “O Doria é um prefeito extremamente capacitado para qualquer cargo. Mas como ele mesmo colocou, isso é para o ano que vem. Mais à frente a gente define essas questões, que são coletivas.”

Doria e Alckmin disputam, junto com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, a vaga de candidato ao Planalto pelo PSDB. Questionado sobre a pesquisa divulgada hoje pela corretora XP Investimentos junto a investidores institucionais – que mostrou que os entrevistados deixaram de acreditar em uma vitória do prefeito e passaram a apostar no governador -, Alckmin desconversou. “Foi apenas uma fotografia do momento”, disse.

Na pesquisa anterior da XP, de agosto, Doria liderava a preferência dos investidores com 42%, enquanto Alckmin estava em segundo, com 38%. Já em novembro, Alckmin assumiu a liderança com 46% das preferências. Doria, por sua vez, desabou para quinto, com 3%, atrás do apresentador de TV Luciano Huck (19%), do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que teve 17% dos votos, e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (8%).

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