O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, avaliou que os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostraram que a taxa de desemprego no País ficou em 10,9% no primeiro trimestre, são “ruins e causam preocupação”.

“Os números não são bons, são ruins e causam enorme preocupação. Temos que reverter esses números e estamos trabalhando para isso”, disse a jornalistas, antes de participar de evento na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, no centro.

Segundo ele, para que a situação atual do mercado de trabalho melhore, é “fundamental, em definitivo, encerrar essa artificial crise política construída por golpistas que buscam sabotar a capacidade de trabalho do governo.” “Isso cria uma instabilidade política que faz mal ao Brasil, a nossa economia e o emprego depende da economia”, ressaltou.

Rossetto ainda comentou que é necessário se encerrar, por definitivo, “essa agenda irresponsável contrária ao País” para a retomada de uma agenda concentrada na recuperação da economia e de emprego. O ministro não quis responder se a tendência de avanço do desemprego continuará, com um pico por volta de outubro, como apostam alguns economistas.

“Se nós revertemos rapidamente essa situação e recuperarmos o ambiente democrático, de estabilidade política democrática no País, teremos tempo mais rápido para enfrentarmos essas dificuldades que são grandes”, afirmou, citando que essa luta também é da presidente da República, Dilma Rousseff.

“Temos de interromper essa aventura, que, caso vitoriosa, joga o País em uma instabilidade política e econômica enorme. Nossa economia tem condições de recuperar, porque ela é forte, e temos como ter um desempenho econômico muito superior ao que estamos tendo”, destacou.

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Rossetto participa de evento de apresentação da posição do governo federal pela ratificação da Convenção no. 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), referente a um conjunto de direitos para os trabalhadores e trabalhadoras domésticos. De acordo com Rossetto, a posição da pasta de ratificar a convenção foi enviada ao Congresso no último dia 08 e se espera que a mesma seja aprovada e incorporada à legislação brasileira.

“Mas o Brasil se adiantou. Recentemente aprovou uma emenda constitucional que incorporou vários direitos a esses trabalhadores e depois uma lei complementar que adicionou mais direitos, como jornada de trabalho, horas extras, férias. É muito importante um evento como esse para divulgar essas novas legislações que tem como ponto operacional o eSocial”, explicou.

O ministro ainda não fez a sua apresentação. Enquanto isso, representantes de movimentos sociais e associações de classe, além de abordar o tema, pregam a interrupção do processo do impeachment de Dilma, ao mesmo tempo no qual a plateia grita “Não vai ter golpe” e “Fica querida”.


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