Número de mortos em terremoto no Afeganistão passa de 1,4 mil

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Voluntários ajudam no resgate de feridos após terremoto no Afeganistão Foto: AP

CABUL, 2 SET (ANSA) – Passou de 1,4 mil o número de mortos no terremoto que sacudiu o leste do Afeganistão na noite do último domingo (31).

O balanço atualizado foi divulgado nesta terça-feira (2) pelo porta-voz do governo talibã no país, Zabihullah Mujahid, que diz que, apenas na província de Kunar, pelo menos 1.411 pessoas morreram no abalo sísmico de magnitude 6.0 na escala Richter, enquanto 3.124 ficaram feridas.

Já província vizinha de Nangarhar, onde foi registrado o epicentro do tremor, contabiliza ao menos 12 óbitos e centenas de feridos.

Esses números, no entanto, estão destinados a aumentar, enquanto socorristas continuam os trabalhos de busca por vítimas nos escombros de construções destruídas pelo terremoto, que atingiu áreas remotas e montanhosas perto da fronteira com o Paquistão.

O Afeganistão, cujo governo talibã é reconhecido apenas pela Rússia, é um dos países mais pobres do mundo e pediu ajuda de organizações internacionais para enfrentar a crise.

A ONU destinou US$ 5 milhões (R$ 27 milhões) de seu fundo de resposta a emergências globais, enquanto o Reino Unido enviará 1 milhão de libras esterlinas (R$ 7,3 milhões), e a União Europeia prometeu 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões) em ajudas humanitárias.

O abalo sísmico ocorreu a oito quilômetros de profundidade, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), um valor considerado raso e capaz de provocar muito mais danos, sobretudo em um país com construções tão vulneráveis.

Com mais de 40 milhões de habitantes, o Afeganistão está situado em uma zona de intensa atividade sísmica, sobretudo na cordilheira de Hindu Kush, na fronteira com o Paquistão, onde as placas tectônicas indiana e euroasiática se encontram.

Em outubro de 2023, um terremoto de magnitude 6.3 deixou pelo menos 4 mil mortos no país, segundo o Talibã, ou 1,5 mil, de acordo com estimativas da ONU. Um ano antes, um tremor de 5.9 provocou mais de mil óbitos na província oriental de Paktika.

(ANSA).