RIETI E FOGGIA, 10 MAR (ANSA) – As autoridades italianas confirmaram nesta terça-feira (10) a morte de mais três detentos, desta vez no presídio de Rieti, durante as rebeliões e protestos que ocorreram em quase 30 presídios italianos desde o último domingo (8). Com isso, já são 10 os mortos contabilizados – além de Rieti, outros sete morreram em Modena.   

Os atos foram realizados por conta de novas restrições impostas nas unidades prisionais por conta da disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) por todo o país. Entre as medidas anunciadas, está a restrição do contato ou a proibição de visitas, a suspensão de diversos benefícios daqueles que cumprem regime semiaberto, entre outras.   

Segundo fontes judiciais, os três faleceram após consumir medicamentos em excesso, mas as circunstâncias das mortes estão sendo investigadas. Eles chegaram a ser levados para o hospital De Lellis, mas chegaram sem vida. Durante as rebeliões, além da queima de colchões e itens no interior dos presídios, há relatos de invasões de enfermarias de várias unidades.   

Já em Foggia, 23 presidiários ainda estão foragidos após terem escapado durante os atos. De acordo com as autoridades locais, 41 foram recapturados entre Foggia e Bari na tarde de ontem (09), enquanto outros 11 foram reconduzidos à prisão durante a noite.   

Apesar da situação ter se acalmado nesta terça-feira, pequenos levantes foram registrados entre o fim da noite desta segunda e a madrugada de hoje nos presídios de Cavadonna, na província de Siracusa, de Aversa, em Caserta, e de Campobasso. Nesta manhã, foram registrados protestos na prisão de San Vittore, em Milão, e na de Pagliarelli, em Palermo. O governo italiano adotou uma série de medidas drásticas para evitar a propagação do novo coronavírus por toda a nação. A Itália contabiliza, até o momento, 9.172 casos de contaminação e 463 mortes pelo Sars-CoV-2. (ANSA)