CARACAS, 13 ABR (ANSA) – Subiu para quatro o número de mortos em protestos na Venezuela contra o regime de Nicolás Maduro. Um manifestante ferido há dois dias por um disparo na cidade de Barquisimeto, capital do estado de Lara, morreu nesta quinta-feira (13) no hospital local. A vítima é Gruseny Antonio Canelon, de 32 anos, que estava no protesto quando foi atingido por um disparo de arma de fogo. O governador de Lara, Henri Falcon, tinha confirmado ontem que duas pessoas haviam morrido na manifestação, uma delas um jovem de 14 anos. Eles foram assassinados por grupos que apoiam Maduro, os chamados “colectivos”, em espanhol. Além das mortes em Lara, os “colectivos” são acusados de terem assassinato também um homem de 29 anos na capital Caracas. Desde a semana passada, a Venezuela é palco de uma série de protestos contrários ao governo do presidente Nicolás Maduro. As manifestações foram marcadas por confrontos e atos de violência, com agressões com pedras e ovos. Dezenas de pessoas ficaram feridas. A crise política na Venezuela, que já dura anos e provoca situações de desabatescimento, intensificou-se no início do mês com a tentativa do Tribunal Supremo assumir as funções da Assembleia Legislativa e revogar a imunidade dos parlamentares. A Igreja Católica, que faz a intermediação das negociações de paz, condenou a situação. “O presidente deve descartar instalar na Venezuela uma ditadura comunista, porque é exatamente isso que o povo está rechaçando”, disse o cardeal e arcebispo de Caracas, Jorge Urosa Sabino. (ANSA)