Mais de duas centenas de pessoas seguem desaparecidas após enorme incêndio atingir um complexo de edifícios residenciais no território.Autoridades Hong Kong anunciaram nesta quarta-feira (26/11) que o número de mortos devido ao enorme incêndio que atingiu um complexo de edifícios residenciais no distrito de Tai Po subiu para 44.
Além disso, pelo menos 279 pessoas estão desaparecidas e 45 estão feridas em estado crítico, como consequência do incêndio.
Três pessoas foram presas por suspeita de homicídio culposo, de acordo com informações oficiais. Não está clara a suposta conexão dos suspeitos, que têm entre 52 e 68 anos, com o caso.
O chefe do governo, John Lee, também informou que mais de 140 viaturas e mais de 800 bombeiros e paramédicos foram mobilizados para combater as chamas e socorrer vítimas.
Drones também também foram utilizados nas tarefas de extinção do fogo, que afetou sete edifícios do Wang Fuk Court, um complexo residencial que possui 1.984 apartamentos e onde vivem cerca de 4 mil pessoas.
Lee, que visitou feridos hospitalizados e a família de um bombeiro que faleceu, contou que oito abrigos temporários estão dando refúgio a cerca de 900 moradores afetados pelo incêndio. O complexo residencial estava imerso em um processo de renovação com custo de 330 milhões de dólares de Hong Kong (US$ 42 milhões) que gerou descontentamento entre vários moradores no ano passado.
O incêndio começou nos andaimes de bambu montados do lado de fora de vários andares. A imprensa de Hong Kong também citou o diretor do serviço de bombeiros da cidade semiautônoma, Andy Yeung Yan-ki, que afirmou que foi encontrado poliestireno expandido dentro dos edifícios, um material usado para isolamento térmico.
De acordo com ele, esse material fez com que o fogo se espalhasse mais rapidamente entre os prédios e incendiasse apartamentos através dos corredores. Incidentes como esse ressaltam preocupações recorrentes sobre a segurança envolvendo os andaimes de bambu, comuns em Hong Kong devido ao baixo custo.
jps/ht (EFE, ots)