Número de mortos em incêndio em Hong Kong chega a 151

Mais de 40 pessoas seguem desaparecidas dias após enorme incêndio atingir um complexo de edifícios residenciais no território.Autoridades Hong Kong anunciaram nesta segunda-feira (01/12) que o número de mortos devido ao enorme incêndio que atingiu na semana passada um complexo de edifícios residenciais no distrito de Tai Po na última quarta-feira subiu para 151.

Além disso, mais de 40 pessoas continuam desaparecidas e há dezenas de feridos, muitos em estado crítico, como consequência do incêndio.

Treze pessoas foram presas por suspeita de homicídio culposo, de acordo com informações oficiais. Não está clara a suposta conexão dos suspeitos, que têm entre 52 e 68 anos, com o caso.

O governo mobilizou mais de 140 viaturas e 800 bombeiros e paramédicos para combater as chamas e socorrer vítimas.

Drones também também foram utilizados nas tarefas de extinção do fogo, que afetou sete edifícios do Wang Fuk Court, um complexo residencial que possui 1.984 apartamentos e onde vivem cerca de 4 mil pessoas.

O chefe do governo, John Lee, que visitou feridos hospitalizados e a família de um bombeiro que faleceu, relatou que oito abrigos temporários davam refúgio a cerca de 900 moradores afetados pelo incêndio. O complexo residencial estava imerso em um processo de renovação com custo de 330 milhões de dólares de Hong Kong (US$ 42 milhões) que gerou descontentamento entre vários moradores no ano passado.

Andames de bambu

O incêndio começou na quarta-feira nos andaimes de bambu montados do lado de fora de vários andares e foi controlado na sexta-feira (28/11). A imprensa de Hong Kong também citou o diretor do serviço de bombeiros da cidade semiautônoma, Andy Yeung Yan-ki, que afirmou que foi encontrado poliestireno expandido dentro dos edifícios, um material usado para isolamento térmico.

De acordo com ele, esse material fez com que o fogo se espalhasse mais rapidamente entre os prédios e incendiasse apartamentos através dos corredores. Incidentes como esse ressaltam preocupações recorrentes sobre a segurança envolvendo os andaimes de bambu, comuns em Hong Kong devido ao baixo custo.

jps/ht/ra (EFE, ots)