Número de mortos em ataque russo contra Kiev passa de 30

ROMA, 1 AGO (ANSA) – O número de mortos em um ataque aéreo lançando pela Rússia contra Kiev, capital da Ucrânia, na última quinta-feira (31) subiu para 31, incluindo cinco crianças, sendo a mais nova com apenas dois anos de idade.   

O novo balanço foi divulgado no Telegram pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acrescentou que outras 159 pessoas ficaram feridas, sendo 16 menores.   

Mais de 24 horas depois da ofensiva, equipes de resgate ainda buscavam por vítimas nos escombros. Entretanto, pouco tempo depois, Zelensky citou um relatório do ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, e informou que “todas as operações de busca e salvamento foram concluídas”.   

“Muitos edifícios na cidade foram danificados ? são prédios residenciais comuns e outras instalações, todos alvos civis.   

Entre os locais danificados está uma das mesquitas de Kiev. O ataque foi extremamente traiçoeiro e deliberadamente calculado para sobrecarregar o sistema de defesa aérea”, explicou.   

Além disso, o líder ucraniano classificou o novo ataque russo como “desprezível”, pediu novas sanções econômicas contra Moscou e expressou suas “condolências às famílias e entes queridos das vítimas”.   

“Mais uma vez, este ataque covarde da Rússia demonstra a necessidade de mais pressão sobre Moscou e de novas sanções”, continuou o chefe de Estado.   

Segundo ele, “por mais que o Kremlin negue sua eficácia, essas medidas estão funcionando e devem ser reforçadas, visando tudo o que permite que tais ataques continuem”.   

“É muito importante que o mundo não se cale sobre isso.   

Apreciamos o fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os líderes europeus e nossos outros parceiros verem claramente o que está acontecendo e condenarem a Rússia”, concluiu.   

Hoje, o portal Ukrinform divulgou que as autoridades ucranianas declararam um dia de luto em Kiev após o ataque sangrento das forças russas.   

Paralelamente, o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, disse que conversou esta manhã com altos funcionários de segurança da Itália, França, Alemanha e Reino Unido sobre as consequências da ofensiva russa e os próximos passos nas relações com os Estados Unidos.   

“Sou grato aos meus colegas por suas sinceras palavras de solidariedade à nossa nação em relação ao mais recente bombardeio bárbaro em Kiev. Trinta e uma pessoas já morreram, incluindo cinco crianças. A Rússia continua seu terror contra civis. Devemos fortalecer nossa resposta conjunta”, declarou ele.   

De acordo com relatos, as autoridades confirmaram “sinais positivos” da Casa Branca em relação à sua resposta planejada à Rússia, incluindo “sanções ao petróleo russo e tarifas secundárias”.   

Eles também discutiram “a preparação de um acordo bilateral histórico de segurança entre a Ucrânia e os Estados Unidos”, que seria cofinanciado por aliados europeus. (ANSA).