O número de mortos encontrados dentro do caminhão no estado americano do Texas subiu para 51 nesta terça-feira (28). De acordo com autoridades locais, em coletiva de imprensa, 39 homens e 12 mulheres foram achados sem vida dentro do veículo, mas o processo de identificação ainda vai levar alguns dias.

Henry Cuellar, deputado americano do Texas, afirmou à agência Associated Press que três pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no caso, inclusive o motorista do caminhão. Ele ainda declarou que o veículo passou por um posto de controle da Patrulha da Fronteira próximo a Laredo, e que não sabia-se da presença de imigrantes na carreta.

Nesta terça-feira, promotores federais acusaram os mexicanos Juan Francisco D’Luna-Bilbao e Juan Claudio D’Luna-Mendez de serem imigrantes ilegais com posse de armas de fogo nos Estados Unidos. Eles teriam ligação com o caso, mas não foi definido se estão entre os presos citados pelo deputado.

Em comunicado, o presidente americano Joe Biden lamentou as mortes. “Explorar indivíduos vulneráveis ​​com fins lucrativos é vergonhoso, assim como a arrogância política em torno da tragédia, e meu governo continuará a fazer todo o possível para impedir que contrabandistas e traficantes de seres humanos se aproveitem de pessoas que procuram entrar nos Estados Unidos entre os portos de entrada”, declarou.

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, afirmou que 22 mortos são mexicanos, sete da Guatemala e dois de Honduras. Agora, familiares de imigrantes desses locais buscam notícias desesperadas enquanto as autoridades americanas seguem o processo de identificação das pessoas.