08/11/2024 - 10:00
O Censo de 2022 relativo à quantidade de favelas e comunidades urbanas no Brasil, realizado pelo IBGE, mostra que o País praticamente dobrou o número de favelas desde 2010. A contagem estimou o crescimento de 6.329 para 12.348 comunidades nos últimos 12 anos.
Apesar do forte aumento, o instituto ressalta que um dos fatores que pode ter contribuído para o aumento massivo dos números é a mudança do método de coleta, que se aprimorou em comparação a 2010.
Na região Sudeste, a mais populosa do País, os índices de pessoas morando em favelas apontaram porcentagens bem acima da média nacional – que é de 8,1%. Espírito Santos e Rio de Janeiro, por exemplo, registraram 15,6% e 13,3%, respectivamente.
Os domicílios instalados em favelas ou comunidades urbanas somavam o número de 6.556.998 em 2022. Desse valor, 84,8% eram residências permanentemente ocupadas. A média de moradores por domicílio, porém, diminuiu ao longo dos anos: a estimativa de 2022 chegava a 2,9 moradores por casa, de modo que em 2010 o número era de 3,5.
Ainda segundo informações do Censo, a proporção de pretos e pardos nas favelas era maior do que na população total do Brasil – ao mesmo tempo que a de brancos era expressivamente menor. Enquanto as pessoas que se declaram brancas reuniam 43,5% do total populacional, a proporção dentro das comunidades diminuía para 26,6%.
Entre as 20 favelas mais populosas do País, a região Norte ocupava o primeiro lugar, com oito comunidades. Sete delas estavam no Sudeste, ao passo que Nordeste contabilizava quatro e o Centro-Oeste apenas uma. Nenhuma dessas grandes favelas se localizava na região Sul.