O número de desertores norte-coreanos que chegaram à Coreia do Sul triplicou no ano passado, para 196, com a saída de muitos diplomatas e estudantes, após vários anos de declínio devido à pandemia, informou Seul nesta quinta-feira (18).

Dezenas de milhares de norte-coreanos fugiram para o Sul desde que a península foi dividida pela guerra na década de 1950. A maioria passa primeiro pela China e depois por um terceiro país, como a Tailândia, antes de chegar à Coreia do Sul.

Mas o número de desertores caiu significativamente desde 2020, quando Pyongyang fechou as suas fronteiras para prevenir infecções por covid-19.

Em 2021, apenas 63 pessoas chegaram ao Sul, uma redução de mais de 90% desde 2019, quando chegaram 1.047 desertores. Apenas 67 o fizeram em 2022.

O Ministério da Unificação indicou em comunicado que 196 desertores chegaram à Coreia do Sul no ano passado, um número inferior aos níveis pré-pandemia.

Mais de 80% dos que fugiram do regime repressivo no Norte eram mulheres, segundo o ministério.

Houve também uma tendência crescente de deserções entre as elites norte-coreanas, como diplomatas e estudantes no exterior, segundo a agência.

“Confirmamos que o desgaste entre a classe de elite no ano passado foi o mais alto dos últimos anos”, disse ele.

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