A fome tem sido um dos temas mais comentados no Brasil nos últimos anos, especialmente às vésperas das eleições de 2022. Nesta quarta-feira (8), um levantamento divulgado mostra que o problema segue em ritmo alarmante no país, com cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente. As informações são do site G1.


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O números foram divulgados pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN).

Os primeiros dados, divulgados em abril do ano passado, mostravam que cerca de 19 milhões de brasileiros não tiveram o que comer em 2020, cerca de 9 milhões a mais do que em 2018, quando os últimos dados foram colhidos.

A pandemia de Covid-19 ampliou o problema da fome no Brasil. “A pandemia surge neste contexto de aumento da pobreza e da miséria, e traz ainda mais desamparo e sofrimento. Os caminhos escolhidos para a política econômica e a gestão inconsequente da pandemia só poderiam levar ao aumento ainda mais escandaloso da desigualdade social e da fome no nosso país”, disse Ana Maria Segall, médica e pesquisadora.

Segundo a Rede PENSSAN, a pesquisa foi feita entre novembro de 2021 e abril de 2022 em áreas urbanas e rurais de 577 cidades de 26 estados e o Distrito Federal. A entidade ainda pontuou que foram feitas entrevistas em mais de 12 mil domicílios.

A pesquisa ainda afirma que 125 milhões de brasileiros, ou 58,7% da população, vivem com algum grau de insegurança alimentar. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) classifica a segurança alimentar como o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer acesso a outras necessidades essenciais.