Com mais de 30 anos de carreira, a modelo e atriz Núbia Oliiver abriu o coração em live recente no Instagram ao lado de Paulo Libonati, relembrando os desafios enfrentados durante os anos 90, além de falar abertamente sobre temas como depressão, síndrome do pânico e pressões estéticas.
“Eu já comecei a ficar doente, porque era uma pressão muito forte que eu tinha. Acho que até comigo mesma. E depois veio a pressão da carreira, de ter uma beleza muitas vezes questionada. Só viam a beleza externa, e eu ficava nessa luta para mostrar que havia algo além disso”, falou Núbia.
A modelo explicou que a falta de compreensão sobre saúde mental na época dificultou ainda mais o enfrentamento dos problemas: “Naquela época, não se falava sobre síndrome do pânico ou depressão. Eu achava que era modismo ou falta do que fazer. Ouvi muitas vezes: ‘É falta de você capinar ou lavar roupa’. Mas isso me motivou a estudar sobre essas condições e entender que não era uma questão de força de vontade, mas algo que exigia cuidado profissional”.
Núbia enfatizou também a importância de buscar ajuda especializada, mas também reconhecer os erros que cometeu ao longo do processo: “Passei por profissionais que só queriam dinheiro ou um pouco do nosso sucesso, e isso acabava não cuidando da minha saúde. Além disso, cometi muitos erros, como interromper medicações sem orientação”.
“Uma das coisas mais importantes que aprendi é: nunca faça automedicação ou desmame sozinho. A partir do momento em que você coloca uma química no corpo, é necessário desfazer isso de forma segura”, complementou.
Por fim, destacou a influência genética em sua saúde mental. “Eu venho de uma família que tem esses transtornos mentais. Isso está no meu DNA, não tem como lutar contra. Então, sou uma pessoa que requer mais cuidado e atenção com minha saúde”, concluiu.
Núbia Oliiver, que marcou gerações como ícone de sensualidade, usa sua experiência para inspirar e conscientizar. Hoje, ela reforça a importância de abordar questões de saúde mental de forma aberta, desmistificando preconceitos e incentivando o autocuidado e o apoio profissional.