Marina Rossi Fotos Divulgação Como toda megalópole que se preza, a cidade de São Paulo também recebe gente de todos os cantos do País ? e do mundo ? a cada dia. Cinema, lojas, espaços culturais, bares e restaurantes abrem e fecham o tempo todo no ?natural? ritmo de uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes. Para aproveitar esse ritmo alucinante e não perder nenhuma das delícias da cidade, Gente apresenta três casas recém-abertas ? ou relançadas ? nas últimas semanas pela paulicéia. De lagostin francês à quiabo e maxixe, tem tempero para todos os gostos. Sabor de origem Aproveite o final de semana e acorde mais cedo para conhecer a Esquina Mocotó, nova casa do chefe Rodrigo Oliveira, que comanda as panelas do incensado Mocotó, há dez anos. A nova casa é exatamente ao lado da irmã mais velha, situada na Vila Medeiros, zona norte da capital. De igual, pode-se esperar a fila de espera e a boa receptividade do anfitrião, sempre atencioso. Porém, diferentemente do Mocotó, que serve comida regional do sertão e segue as origens desde a abertura, a Esquina Mocotó oferece pratos inventivos. ?Aqui teremos mais espaço para criar?, define o chefe Rodrigo Oliveira. No cardápio, experimente a Nhaca ? nhoque de mandioca com quiabo, tomate, cogumelos e tucupi ? e peça uma das sobremesas criadas pela chefe patissier Mariana Paes. Se a saudade do Mocotó apertar, vá de dadinhos de tapioca, único prato que se repete nas duas casas. Como diz o cardápio, ?não dava para não ter?. Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1104, Vila Medeiros. Telefone: (11) 2949-7049 Tailandês reinventado Aberto em 2009, num pequeno espaço com apenas cinco mesas na Avenida Pompéia, zona oeste de São Paulo, o restaurante de cozinha ?autoral com inspiração asiática?, como se auto-define, é comandado pelo casal Ique Lopes e Talita ? ele no comando da cozinha, e ela, recebendo com muita simpatia os clientes no salão. O casal, que se conheceu em Londres, viajou por diversos lugares do mundo de onde trouxe inspiração para o criativo tempero da casa. Agora, de casa nova numa rua paralela à Avenida Pompéia, o Nama Baru está mais espaçoso, com drinques e vinhos num cardápio que mudou pouco, aumentando a quantidade de entradas, mas mantendo os tradicionais pratos com curry, pimenta asiática, cogumelos, flores comestíveis, ervas e aromas. Aproveite a originalidade do cardápio para fugir do óbvio. Comece pelo tempurá de aspargos frescos e mini-rolinhos de pato e vá para os curries, de camarão ou de carne ? como a saborosa barriga de porco. O cardápio é super bem servido, e há receitas vegetarianas também. Além da casa maior, a outra vantagem da mudança é que agora o restaurante abre para o jantar também. Ou seja, não há desculpa para não conhecer. Rua Barão do Bananal, 991, Pompéia. Telefone: (11) 2548 7749 Para comer e beber O endereço do recém-inaugurado Avek já foi café, restaurante e padaria. Do último ponto, sobraram os sócios, que decidiram transformar as fornadas de pão em algo mais sofisticado: Uma wine bar, misto de loja de vinhos e restaurante, tendência que vem pipocando há algum tempo pela cidade. No comando dos negócios, os empresários Jean Duboc e Maurício Cerrutti, ambos exexecutivos do Carrefour e do Pão de Açúcar. Já na cozinha, quem manda é o chefe francês, Alain Uzan, que dá o toque mediterrâneo aos pratos como ostras e lagostins, além de setak tartare e entrecôte. Aqui, a grande vantagem são os vinhos, vendidos com preço de importadora mesmo quando servidos na mesa. No balcão do bar de vinhos, também pode-se pedir ostras, canapés, embutidos e sanduíches. Vale até para um lanchinho no final da tarde. Rua Joaquim Antunes, 48, Jardim Paulistano. Telefone: (11) 2507 5932 Vem aí Com a promessa de inaugurar no segundo semestre, o tradicional bar Riviera será reaberto por uma dupla de peso. O empresário da noite Facundo Guerra e o estrelado chefe Alex Atala serão os anfitriões da casa que foi aberta pela primeira vez em 1949, na boêmia esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. A casa resistiu à especulação imobiliária e às mudanças da metrópole até o ano de 2006, quando fechou. Mas antes disso, fez sucesso entre a boemia da década de 1970. Entre o público, era corriqueiro esbarrar com Chico Buarque e Elis Regina pelas mesas do local. No novo projeto, as mãos de Atala para a cozinha e as de Facundo para os negócios prometem recriar a atmosfera da época. O ambiente deve ser dividido em dois: O térreo abrigará um espaço para bate-papo e o primeiro andar será dedicado a um clube de jazz e um palco para apresentações de MPB. O cardápio, ainda em segredo, não deve decepcionar. Segundo Atala, foi preparada uma pesquisa sobre comida de boteco especialmente para inspirar o que será servido nas mesas. Pode esperar mais coisa boa pela frente.