Novo vai ao STF para suspender efeitos de Emenda dos Benefícios nas eleições

Novo vai ao STF para suspender efeitos de Emenda dos Benefícios nas eleições

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O Partido Novo entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para suspender os efeitos da emenda constitucional que ampliou e criou uma série de benefícios sociais –após a promulgação da chamada PEC dos Benefícios– até pelo menos as eleições, incluindo o segundo turno da disputa.

Para a legenda, houve uma série de desvios jurídico-constitucionais no curso do processo legislativo que justifica plenamente o exercício da atuação do STF no caso.

O partido –um dos que votou em peso contra a emenda quando a PEC tramitou no Congresso– argumentou que a proposta fere a liberdade do voto.

“Da mesma forma, diante de inconstitucionalidade que esta atrelada a liberdade do voto, pede-se, alternativa e sucessivamente, que se reconheça a inconstitucionalidade da incidência da norma, ao menos, antes do processo eleitoral e, portanto, suspenda o pagamento de qualquer vantagem até a data das eleições, incluindo o segundo turno”, disse a ação.

“O grave risco imposto à legitimidade e normalidade do processo eleitoral, em si, justificaria a medida cautelar”, reforçou a legenda.

Segundo fontes, a chamada PEC dos Benefícios é tida como uma das principais apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados para melhorar as intenções de voto na disputa à reeleição na qual, segundo pesquisas de intenção de voto, ele aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

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