O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, 9, a distribuição de 5,6 milhões de unidades de um novo medicamento utilizado no tratamento do HIV. O Dovato, é um remédio que une duas drogas diferentes em um comprimido único, o Dolutegravir e a Lamivudina, e é tomado em apenas uma dose. É esperado que a medicação melhore a qualidade de vida dos pacientes que possuem o vírus.

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O tratamento com tal medicação será fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o remédio em novembro de 2021, e desde setembro do ano passado, o Ministério da Saúde já informava ao público que a droga chegaria aos pacientes. No momento, foram disponibilizadas 5,6 milhões de doses e a quantidade de pessoas que poderão recebê-las serão revistas em seis meses, dependendo do crescimento das prescrições e da disponibilidade em estoque.

Quem pode receber o tratamento?

Apesar dos avanços, a migração para o uso do novo remédio deverá acontecer gradualmente, e o paciente deve cumprir alguns requisitos. A priori, serão atendidas pessoas acometidas pela infecção do vírus com idade superior a 50 anos. Além disso, será necessária uma boa adesão ao tratamento, possuir uma carga viral de menos de 50 cópias no último exame e ter iniciado a terapia com dois comprimidos até 30 de novembro de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, a Aids, doença causada pela infecção do vírus HIV, foi a causa básica da morte de 59 mil pessoas no Brasil. Em 2022, foram diagnosticados 36.753 casos da enfermidade. É esperado que agora, com a nova medicação, ocorram melhorias na adesão de pacientes, na redução de pessoas que abandonam o tratamento e no controle de doenças oportunistas, segundo o Conselho Federal de Farmácia.